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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

“O mercado sempre paga mais”… mas até quando?

Profissionais de TI que buscam contra-cheques mais “gordos” vivem num cenário atual muito promissor. Crescimento aquecido e muitas vagas de trabalho disponíveis no mercado com ofertas de salário atrativas. Mas, até que ponto vale mudar de empresa buscando apenas um melhor salário?
Não é difícil achar vagas em sites de busca de emprego: programadores, analistas de sistemas, web designers, DBAs, analistas de suporte, gerentes de projetos…. A lista é vasta e a procura é intensa. Mudar de cidade e ter disponibilidade para viagens é algo comum e muitos profissionais não se importam com isso. De fato, alguns até preferem. É relativamente fácil mudar de empresa atualmente.
Pessoas que nasceram nas décadas de 80 e 90 (alguns se referem a outros períodos – meados de 70 à década de 90) fazem parte da geração Y, conhecida por alta rotatividade de trabalho, falta de comprometimento e foco, desespero por resultados imediatos e superficiais. Em resumo, algo que gestores de todas as áreas tem que lidar e gerenciar a rotatividade de seu time. Não é incomum receber currículos de profissionais que passaram por diversas empresas, ficaram pouco tempo em cada uma delas, acumularam experiências diversas, mas nenhuma em profundidade. Quando perguntado sobre a motivação para mudar de empresa, a resposta do candidato às vezes assusta: “Já estou há muito tempo executando a mesma atividade. 6 meses…”
Alta rotatividade é significado de maiores custos e menor produtividade. Dependendo do trabalho a ser exercido, a curva de aprendizado pode chegar a 6 meses antes que o profissional esteja 100% apto a executar o que lhe é proposto durante a contratação. Como gestores, medir a rotatividade e a razão desta é crucial para evitar que ela ocorra numa proporção maior que a esperada. Trabalhar para evitá-la, considerando as gerações dos profissionais e o que esperam enquanto funcionários, é fundamental.
O maior desafio, como gestores, é identificar profissionais que buscam melhores resultados, maiores desafios, crescimento contínuo e sólido, acúmulo de experiências para formação de uma carreira com bases fortes e evitar a contratação de “mercenários de TI”, como já ouvi algumas referências, que vão para a empresa que lhe pagar melhor.
O mercado sempre paga mais… As empresas atraem novos profissionais com salários interessantes e promessas de crescimento rápido. Porém, eventualmente, o mercado vai virar as costas para os profissionais que pulam de “galho em galho” pela simples razão: as empresas não querem ser apenas mais um galho usado para trampolim profissional. Experiências sólidas, principalmente na área de TI, fazem grande diferença no momento de escolher um candidato a uma vaga.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Supere a dificuldade de falar em público

Num mundo globalizado e tão cheio de especializações cada vez mais as pessoas são forçadas a trabalhar em equipe, o que pressupõe expor idéias em público. Você fez um estudo sobre determinado problema e agora precisa apresentar suas conclusões para os colegas e, o pior, para seus superiores. Na hora da apresentação dá aquele “branco”, começa a suar frio e a boca trava. Fica parecendo um idiota bem ali, no palco, em frente à imagem projetada na tela onde está o nome de sua palestra. E agora? O que fazer? Se isto acontece com você, não se recrimine.

O medo de falar em público é bastante comum, e a fórmula para livrar-se disto é relativamente simples: basta seguir algumas regrinhas e praticar. Ninguém nasce sabendo, é só tentando, errando e tentando de novo que se atinge a perfeição. Se um nenê já desistisse de andar logo no primeiro tombo, então estaríamos todos engatinhando por aí... Certo, mas quais são estas regrinhas a serem seguidas? É isto o que analisaremos:

Para muita gente é extremamente difícil encarar uma platéia. Têm verdadeiro pavor, e isto acaba acarretando inúmeros problemas de comunicação. Algumas pessoas falam baixo ou alto demais, ficam artificiais, agressivas, desarticuladas. Aceleram a fala ou diminuem o ritmo até permanecer numa irritante e sonolenta monotonia. Sentem-se desconfortáveis e incompetentes para falar diante de um grupo de ouvintes, sejam estes conhecidos ou não: a questão toda é ter todos aqueles olhares inquisidores sobre si, atentos aos menores gestos, prontos para criticar e deixá-lo numa situação ainda mais constrangedora.

A tensão do momento pode agravar o maior defeito de quem fala em público, que é não saber ordenar o pensamento. Na sua imensa maioria, as pessoas não sabem iniciar, desenvolver e concluir uma apresentação. Em determinadas situações entram diretamente no assunto central sem conquistar convenientemente a platéia, isto é, antes de conquistar a atenção, a torcida e a colaboração das pessoas. Em outros momentos esforçam-se para conquistar os ouvintes quando estes já estão devidamente preparados para ouvir, correndo o risco de desinteressá-los. Muitos passam de uma etapa para outra sem nenhum critério. No momento de encerrar voltam para o início, em seguida repetem os argumentos que já haviam sido criteriosamente expostos, que começam a enfraquecer pelo excesso de repetição.

Esse é um problema muito grave, pois sem saber como elaborar o raciocínio dificultarão não apenas o entendimento dos ouvintes, como também sua própria exposição. Para não cair nesta armadilhas podemos seguir um pequeno roteiro, acompanhe:

Dicas para uma palestra bem sucedida


A seqüência é bem simples, podendo ser assimilada e aplicada apenas com um mínimo de estudo e observação. Podemos resumir tudo a três etapas principais:
1 - Conte sobre o que vai falar, e
2 – Fale.
3 – Para finalizar, conte sobre o que falou

É exatamente assim que um a boa fala deve ser esquematizada. Com essas três partes simplificadas você irá organizar e expor com tranqüilidade sua mensagem. Obviamente que este é um plano simplificado, porém é bem fácil de ser entendido. Na sua próxima apresentação procure pôr esses conceitos em prática e descubra como fica muito mais fácil abordar qualquer tipo de assunto. Embora seja muito simples assimilar a seqüência simplificada, podemos detalhar mais e diminuir as possíveis dificuldades que você possa encontrar para aplicá-la. Façamos isto então, procure esquematizar sua apresentação da seguinte maneira:

1 - Faça uma introdução correta - Para conquistar a simpatia dos ouvintes inicie fazendo alguns elogios sinceros a eles. Apresente-se demonstrando de forma gentil como está envolvido com aquele ambiente e com o tema que pretende desenvolver. Para conquistar a atenção logo nos primeiros momentos use uma frase de impacto, conte uma piada ou uma pequena história, levante uma reflexão ou mostre os benefícios que o público terá com o tema. Evite iniciar dando sua opinião sobre assuntos que possam contrariar os ouvintes. Comece concordando com os pontos comuns e depois de quebrar as resistências manifeste sua forma de pensar que pode, eventualmente, ser exatamente o oposto do que a platéia possa pensar.

2 - Prepare o assunto de forma conveniente - Comece essa segunda etapa contando qual o assunto que pretende desenvolver, o problema que deseja solucionar e as partes do assunto que tem intenção de cumprir. Conhecendo o roteiro, os ouvintes acompanharão com maior facilidade sua exposição.

3 – Cumpra tudo o que foi planejado - Desenvolva o assunto proposto, solucione o problema e cumpra as etapas prometidas. É aqui, neste momento que você irá também apresentar seus argumentos. E se encontrar resistência dos ouvintes deverá refutar essas objeções.

4 – Finalmente, a conclusão - Capriche no encerramento e reserve o momento de maior emoção para o final. Em uma frase ou duas comente qual foi assunto abordado e termine fazendo com que os ouvintes reflitam ou ajam de acordo com sua mensagem.

Na sua próxima apresentação siga estas etapas e dê maior organização a sua mensagem, o resultado poderá ser bem melhor do que você espera, e isto lhe dará mais confiança para a próxima apresentação. Afinal, é inevitável ter que falar em público, mesmo que trabalhemos sozinhos pode ser necessário falar em público para resolver nossos problemas ou para pedir ajuda.

Não se exija demais!


Se quiser ir mais longe na sua carreira, ganhar mais e ter uma função de gestão e liderança, então terá de falar em público freqüentemente. No entanto, para que esta não seja uma tarefa que provoque stress e pânico é preciso conhecer as causas escondidas do stress e desconforto que a exposição pública possa causar. Pode até acontecer começar a gostar da experiência e se sinta cada vez mais confortável e realizado.

A primeira coisa que precisamos saber é que aprender como falar em público é uma característica que pode ser trabalhada na maioria das pessoas, claro que com maior ou menor dificuldade.

Haverá sempre pessoas que são melhores do que outras, como em qualquer atividade, mas para ninguém é impossível conseguir aprender como falar em público corretamente. Aliás, Um dos erros mais comuns é precisamente o da comparação com oradores brilhantes. São pessoas que sabem como falar em público de uma forma natural, que transparecem calma, alegria e que nos podem deixar com a auto estima em baixo se nos compararmos com eles.

Mas se pensarmos sempre assim então não faremos nada na vida, porque há sempre alguém que é muito melhor do que nós numa determinada área profissional ou social. Portanto, numa primeira etapa contente-se em ser apenas “razoável” e dar conta do recado, porque assim conseguirá afastar os medos de falar em público por cobrar-se menos.

Se quiser melhorar a partir daí então terá de treinar mais para níveis mais avançados. Normalmente, estes oradores profissionais são pessoas que têm milhares de horas de treino e de prática, mesmo assim pode apostar que no início a sua qualidade não era a que demonstram na atualidade. Por isso a regra é, praticar o mais que puder.

Quando falar em público, simplifique


Outro dos pensamentos errados que temos é achar que é necessário ser uma enciclopédia ambulante para saber como falar bem em público, só que isto está longe da verdade. É óbvio que o orador deve conhecer minimamente o assunto que terá de expor, aliás, de preferência ele deve conhecer melhor do que a sua audiência. Mas não é preciso fazer pesquisas extensas, coletando muito material para falar, pois a palestra pode tornar-se demasiado densa, longa e entediante. Procure tornar a informação o mais simples possível, para atingir o maior número de pessoas. Obviamente que isto não se aplica a apresentações formais e acadêmicas, que podem até precisar mesmo serem densas e longas, mas no geral “o menos é mais”.

Por falar nisto, lembre-se que seja lá o que for que aconteça durante sua apresentação, dificilmente conseguirá agradar a todos os ouvintes. A princípio isto não é importante, pois não é mesmo necessário e obrigatório agradar a todos, por melhor que seja um orador. Há sempre aqueles que vão embora mais cedo, que adormeça ou que não goste da forma como decorreu a apresentação. Por isso, evite cair no erro de falar em público com o propósito de agradar a todas as pessoas. O propósito de falar em público é passar a sua visão e conhecimento sobre determinado assunto, mesmo que seja contrário a algumas pessoas que o estão a ouvir.

Basta ver o exemplo na política, onde estão algumas das pessoas que melhor sabem como falar em público, sabendo de antemão que nunca conseguirão uma unanimidade de opiniões. Nunca houve nenhum político, por mais brilhante que fosse, que conseguisse ganhar as eleições com 100% de votos a favor e nenhum voto contra. Nestas horas é que vale nossa última dica:

Em público, use o humor e pratique a humildade

Todos os oradores têm estilos diferentes, mas existem dois fatores importantes quando se faz uma apresentação em público: humor e humildade. O humor é de explicação óbvia, porque todos nós gostamos de ser entretidos por alguém e rir é um dos melhores remédios. Tenha apenas o cuidado para não sair do seu contexto e tentar impressionar com técnicas que não domina. Se não costuma contar anedotas em particular, provavelmente não será bem-sucedido em público. Use o humor que costuma usar quando está com os seus amigos, mas evite outro erro comum: lembre-se de que o humor é circunscrito a determinado tipo de pessoas. Cada classe social, cada nacionalidade, cada cidade e até cada bairro têm um senso de humor próprio. O que fará morrer de rir um povo da periferia de uma grande cidade pode não ter nenhuma graça numa platéia de executivos de grandes empresas e vice-versa, assim como uma piada que é muito engraçada para um inglês provocará no máximo um riso amarelo de um brasileiro.

Quanto ao ser humilde, significa que não se deve tentar parecer um ser perfeito, até porque eles não existem. Conheça as suas limitações, e faça humor com as suas fraquezas, desde que isto não o deixe desconfortável. Tente mostrar que você é igual aos seus ouvintes,e que só está ali para discorrer sobre um assunto que você conhece um pouco mais do que eles ou que falará sobre uma experiência que só você teve. Esta humildade fará com que se crie um laço com a audiência que será benéfico para a sua apresentação.

Dicas recebidas de grandes oradores


A experiência é fundamental, e isto é válido para falar em público também. Pensando nisto, fomos coletando algumas dicas fornecidas por grandes oradores e professores em oratória, procure seguir a voz da experiência:

  1. Antes de mais anda, entenda sua platéria, que eles são, quais são suas necessidades. valores, medos e expectativas. Tente saber de antemão o quão dispostos eles estarão a escutar e se eles têm algum tipo de preconceito contra a maneira que alguém possa ter de se vestir.

  2. Inicialmente, use o humor para desarmar algum preconceito e estabelecer uma ligação. Procure mostrar que você sabe como eles estão se sentindo.

  3. Tente ser antenado com o nível emocional da sala. Coloque-se no papel correto, esteja você falando como convidado, chefe, homenageado, mestre de cerimônias, pai de família ou um líder religioso.

  4. Exponha porque você está lá, porque eles estão lá, e qual é a finalidade daquele evento.

  5. Escolha três coisas que você gostaria de abordar e explique um pouco do porquê daquelas idéias. Esta pode ser a coluna vertebral por traz da sua fala.

  6. Depois da exposição de cada item importante, traga à luz alguns argumentos que outros possam ter contra seus pontos, e tente refutar aqueles argumentos com uma lógica cristalina exposta com o devido respeito aos pensamentos alheios.

  7. Sempre que falar sobre aspectos teóricos ou filosóficos, tente trazer o assunto para algo bem real e do dia-a-dia da platéia. Não deixe tudo só no plano das idéias e dos ideais. Apresente alguma coisa indesejável que possa acontecer se não puser aquelas idéias em prática.

  8. Tente contar uma história, real ou fictícia, que ajude a esclarecer os pontos principais de uma tese. Mas seja claro e breve, ninguém tem muita paciência para histórias cumpridas e cheias de detalhes (a não ser, talvez, se você estiver falando para uma platéia estritamente feminina...)

  9. Empregue analogias e metáforas. Tente criar imagens com suas palavras.

  10. Vá usando tópicos para desenvolver sua fala. Vá pontuando que terminou determinada exposição e está começando outra.

  11. Tente usar o humor. Mas se não for capaz ou se sentir que não está agradando, é melhor esquecer este ponto.

  12. Durante a fala, altere a velocidade e a tonalidade de sua voz. Mire-se nos pastores evangélicos, eles têm uma longa tradição de boa oratória, analise como eles vão modulando sua fala de acordo com a importância ou a fase de cada trecho.

  13. Quando estiver frente a grandes platérias, movimente-se e olhe para todos os lados, eles precisam saber que você está falando com eles. Use seus braços, aponte para alguém na audiência para estabelecer um melhor contato. Use o contato visual, sorria, olhe nos olhos das pessoas.

  14. Certifique-se de que a acústica do ambiente é adequada, se tiver muito eco fale mais pausadamente, se as pessoas do “fundão” tiverem dificuldade em ouvi-lo, fale mais alto. Se for usar microfone, teste-o antes de iniciar sua apresentação, se preciso pergunte se todos o estão escutando bem.

  15. Se possível, treine sua fala antecipadamente, de preferência no mesmo auditório. Imagine que a platéia está à sua frente, mesmo que esteja apenas sua mulher e seu filho naquele momento.

  16. Entenda que você está ali num papel de servidor, ajudando a platéia a entender alguma coisa, e que você é um instrumento nas mãos da pessoa que o colocou ali, para atingir determinado propósito.

  17. Prepare um script da sua apresentação, com os principais pontos a serem abordados. Não adianta fazer longos textos, você não conseguirá lê-los sem tornar a palestra chata e monótona. Coloque apenas os tópicos sobre os quais vai discorrer, e se precisar de dados difíceis de memorizar, coloque-os num slide a ser apresentado no momento certo.

  18. Além de tudo isto, faça uma boa oração. Como sempre, você pode precisar da ajuda divina...
Aqui ficaram, portanto, algumas dicas para o ajudar a perder o medo de falar em público, mas sem dúvida que a melhor forma de aprender é treinar, use todas as oportunidades que lhe aparecerem. Em casa, com seus familiares, tome a palavra e discurse sobre algo que lhes queira transmitir. Quando está com amigos, pode também fazer uma apresentação espontânea sobre como correu o seu dia ou qualquer outro assunto que ache que pode ser interessante para eles. O importante é praticar em todas as oportunidades que encontrar, sem medo de errar mas procurando acertar.

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Os caras da Informática já foram mais respeitados

Picanha no espeto, fogo alto na churrasqueira e uma cervejinha gelada na mão – Ambiente totalmente impróprio para discussões sobre TI, não é mesmo? Mas foi exatamente assim que brotou a ideia do meu primeiro artigo, isto porque neste churrasquinho de final de semana estavam grandes e experientes profissionais do ramo de tecnologia da informação, telefonia e grande porte.
No auge de minha pouca idade e humilde experiência, comparado com os senhores presentes, resolvi fazer uma pergunta: – O que mudou nesses últimos 30 anos para os profissionais de TI?
O que se sucedeu foram inúmeras abordagens e opiniões de grande aprendizado para mim; mas uma frase dita por uma Analista de Sistemas de grande porte, semeou o silêncio e vários balançares de cabeça em concordância: – “Os caras da Informática já foram mais respeitados!”.
Compilando os argumentos de todos escrevo este texto para informação e reflexão.
Nos tempos atuais, onde a terceirização de serviços se tornou um sólido recurso para as empresas, quem mais sofre são os empregados; mas por quê? Há duas décadas, se contratava um profissional por sua capacidade técnica e seu poder de apagar incêndios, algo prático para empresas e funcionários, nos bons e maus momentos, criando um vínculo entre eles. Em contra partida isso gerou também o enaltecer de “os  caras”, aqueles que detinham o conhecimento de uma determinada área, enquanto os outros funcionários e a empresa jamais sabiam o que, e como, eles realizavam tudo. Claro que um dia isso teria que mudar para a garantia de que o conhecimento passasse a ser da empresa e não de um funcionário…e mudou!
Hoje o que se vê são esses mesmos profissionais de 30 anos atrás botando a mão na massa durante 10% do seu tempo de trabalho e na maioria restante elaboram relatórios de execução de atividades e de testes para que as empresa terceirizada possa ter subsídios na hora de provar a realização dos serviços ao cliente; eles não vestem mais as camisas das empresas dos clientes, pois sabem que amanhã estarão trabalhando em novos contratos. O Protecionismo da informação estimulado pelas empresas, apesar de necessário, é usado de forma ineficaz e apenas muda-se o dono do conhecimento: Antes era “o cara” agora são “os terceiros”. Em suma: os clientes continuam reféns dos outros.
Nessas 3 décadas, muitos profissionais tiveram que se adequar as novas práticas e ao mercado e conseguiram com louvor, porém restou um ar saudoso do tempo em que os caras de TI provavam sua capacidade realizando o que precisavam, e não deixando de trabalhar 90% do tempo.E por isso, estes profissionais de larga experiência, “dinossauros” para quem gosta do termo (eu não gosto), não se sentem tão valorizados como antes, e não devido aos salários, já hoje são bem mais atrativos que anteriormente, mas sim em virtude do ambiente de trabalho, da falta de vínculo com a empresa e do respeito adquirido por suas realizações.
Nos tempos em que a informação tem maior valor que o dinheiro é extremamente necessário cuidar deste bem com a devida atenção e há de se pensar nos negócios, porém não ao preço de minimizar a participação de grandes profissionais e suas benfeitorias. Os grandes comerciantes de serviços de tecnologia da informação devem entender que o maior bem que uma empresa pode adquirir, e que deve manter, são seus recursos humanos.
Se não abrir os olhos para estes acontecimentos e começarmos a refletir sobre o real valor das coisas, daqui a alguns anos estes poderão acontecer com você. Está preparado para ser menos respeitado pelo mercado?


Qual a melhor linguagem de programação?

Diz o ditado popular que a melhor linguagem de programação é aquele que você compreende a fundo. Eis o tipo mesmo da fórmula sintética que traz dentro muitas verdades, mas que de tão repetida acaba valendo por si mesma, como um fetiche, esvaziada daqueles conteúdos valiosos que, para ser apreendidos, requereriam que a fórmula fosse antes negada e relativizada dialeticamente do que aceita sem mais nem menos.
Vale qualquer linguagem? E as tendências de mercado e de tecnologias, isso não contam? Hoje em dia escolher uma linguagem é difícil, por isso sempre aconselho no mínimo 3 linguagens. Calma, vou explicar. Mas antes um tempo recente na história da informática.
Há pouco tempo atrás, na época do bit lascado, monitores verdes cromáticos, numa época bem antes dos monitores coloridos – que quando saiam, os usuários perguntavam que, se trocasse o monitor por um colorido a impressora também imprimisse colorido – quando esperávamos uma nova versão do DOS, e alguns de nós programávamos em Clipper, surgiu então o Windows, mas ainda existia o DOS, o Windows foi melhorando e percebíamos a necessidade de migrar de uma linguagem DOS para Windows, ou perderíamos mercado. Na época era fácil, tinha o Delphi e o VB, migramos para o Delphi, era o mais completo e mais competitivo que a Microsoft.
Hoje os tempos são totalmente outros. Não temos apenas o Windows, mas diversos sistemas operacionais, a convergência tecnológica onde nossos aplicativos devem conversar com diversos dispositivos, sejam palms, celulares, integrados com a web, só a web, televisão, e tantos outros dispositivos que inventam. E o futuro é lindo. A política é que é suja, negra, escura, nojenta.

Mas, como diria Jack – O Estripador: Vamos por partes!

• Sistemas operacionais: mais de 90% do mercado é Windows. Até mesmo em dispositivos portáteis costuma ser a maioria Windows Mobile. Então, porque não adotar uma linguagem só pra Windows? Tá, mas e o Linux e outros sistemas operacionais de dispositivos móveis? Então vamos adotar uma linguagem de programação que seja independente do sistema operacional.
• Sistemas Web: Ok, a maioria das linguagens Windows e independentes de sistemas operacionais já desenvolvem pra web. Inclusive a Web 2.0.


Não posso aqui falar mal do Delphi, principalmente depois do lançamento do Delphi 2010. Como também não posso ignorar o C# (CSharp) que é também poderosíssimo(sic) e tem uma curva de aprendizado muito rápido. Não posso ignorar também o JAVA que roda em todas as plataformas e é poderosíssimo. E muito menos ignorar o Ruby on Rails que é uma excelente linguagem pra web, melhor que qualquer outra por sua agilidade, fácil compreensão dos códigos, seus plug-ins, ser multi-plataforma e conversar muito bem com todas as linguagens web existentes no mercado, principalmente o Java com o JRuby. Dizem as “más línguas” que o Ruby on Rails será o futuro sucessor do Java.
Para a Web 2.0 além destas linguagens temos o AJAX, o Silverlight e o Flex, como sendo as melhores tecnologias de front-end pra web 2.0.
No final vem a pergunta do começo: Qual a melhor linguagem de programação? Não existe uma melhor hoje em dia. Existe um conjunto de linguagens de programação que juntas permitem desenvolver soluções criativas, inovadoras e surpreendentes. Que fazem as pessoas caírem de costas. O que acontece é que no Brasil, geralmente, as pessoas focam em uma única linguagem de programação e querem que esta linguagem faça de tudo pra elas. Um pensamento antigo. Quase igual à história no monitor colorido contada no começo deste editorial(?).
Como um aficionado por linguagens, VMs e compiladores, eu sempre recomendo a quem posso, para que aprenda todas as linguagens que conseguir. Os Pragmatic Programmers também concordam comigo:

Invest Regularly in Your Knowledge Portfolio : Learn at least one new language every year, (…).

It doesn’t matter whether you ever use any of these technologies on a project, or even whether you put them on your resume. The process of learning will expand your thinking, opening you to new possibilities and new ways of doing things.


Aprender novas linguagens te torna um melhor programador. Seja lá qual for a linguagem que estiver usando no dia-a-dia. Eu acredito que isso vale até para linguagens faladas, mas isso fica para outra conversa.
Mesmo em uma realidade como essa ainda precisou fazer algumas apostas pessoais. Existe uma imensidão de linguagens e aprender algumas delas pode sim ser um investimento para daqui a algum tempo.
Por isso minha resposta é: aprenda todas estas citadas. Mas aqui vão dicas pra facilitar sua vida, aprenda: Delphi 2010, C#, Ruby on Rails, Java, AJAX e Adobe Flex. Você será um profissional completo e preparado para um futuro surpreendente.



terça-feira, 14 de setembro de 2010

Revista InformationWeek Brasil

InformationWeek Brasil é a publicação líder em informações para os CIOs e executivos de TI e Telecom. Principal fonte de referência de CIOs e profissionais interessados em conhecer melhor os desafios enfrentados pelos executivos de TI, InformationWeek Brasil é essencial no processo de escolha e aquisição de produtos e serviços de tecnologia nas maiores empresas do país.

InformationWeek Brasil

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Quais os cargos que serão mais demandados em TI até 2020

Quais os cargos que serão mais demandados em TI até 2020


Confira os conhecimentos que serão exigidos dos profissionais que atuam com tecnologia da informação no futuro.

Por Computerworld/EUA

No ano de 2020, o conhecimento técnico deixará de ser fundamental para quem atua no departamento de TI. Profissionais de todas as áreas das empresas terão relativo domínio dos recursos tecnológicos para desempenhar suas atribuições.

Ainda assim, visionários e especialistas em TI preveem uma busca expressiva por profissionais com capacidade de interpretar volumes enormes de dados. Aqueles que dominarem técnicas de segurança, souberem gerenciar questões críticas em sistemas recentes e transmitirem com clareza como a TI pode impulsionar os negócios, também terão espaço garantido nos departamentos de tecnologia da informação.
Acompanhe as profissões consideradas do futuro na área de TI:

1. Análise de dados

Lá por 2020, o volume de dados gerados anualmente estará na casa dos 35 zettabytes, ou 35 milhões de petabytes, informa a consultoria IDC. Isso seria o suficiente para construir uma torre de DVDs alta o bastante para chegar até a lua e voltar, afirma John Gantz, principal executivo de pesquisas da IDC.
A demanda por profissionais capacitados para depurar um volume monstruoso de informações será igual à estabelecida por pessoas habilitadas para cooperar com unidades de negócios na definição da natureza dessas informações.
Esse profissional, híbrido de tecnólogo e profissional de negócios, terá excelentes conhecimentos acerca dos processos e das operações comerciais. “Essas pessoas saberão identificar o tipo de informação necessária para as empresas e como transformá-las em lucro”, afirma o presidente e CEO da consultoria Foote Partners LLC, David Foote. “Você poderá contar com um contingente expressivo de pessoas com bons conhecimentos sobre a dinâmica da cadeia produtiva para transformar informação em dinheiro”, diz.

2. Avaliação de riscos

Segundo o visionário David Pearce Spyder, a gestão de riscos deverá apresentar alta demanda em toda a década de 2020, especialmente na hora em que as empresas se depararem com ambientes cada vez mais complexos de TI.
“Em épocas de grandes avanços como a atual - e que deve se manter até os anos 20 -, você inevitavelmente se depara com efeitos indesejados, cada vez que realiza um ensaio em um ambiente totalmente novo. Esteja certo de que pelo caminho irão surgir consequências inesperadas”, afirma. Como reflexo, as empresas irão caçar profissionais com capacidade de prever e de reagir a esses desafios.

3. Domínio da robótica

De acordo com o consultor de inovações Joseph Coates, do Estado de Washington (Estados Unidos), robôs exercerão cada vez mais tarefas, o que será uma excelente oportunidade para os profissionais de TI com especialização em robótica.
“Você pode pensar em robôs como dispositivos humanos, basta ampliar o conceito da palavra e abrigar em seu escopo tudo que funciona de forma automatizada”, relata Coates. Esses dispositivos irão executar pesquisas, cuidarão da manutenção e de reparos. Os especialistas explorarão o uso da tecnologia em mercados verticais. Por exemplo, determinados profissionais em robótica deverão se especializar no atendimento à saúde, desenvolver equipamentos para reabilitação, ao passo que outros poderão criar dispositivos para deficientes ou soluções voltadas para a educação.

4. Segurança da informação

Já que as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas, a verificação de identidades e a proteção da privacidade deverão constituir grandes desafios em 2020. Haverá cada vez menos interações diretas e o volume de informações pessoais na internet será maior. Novas tecnologias vão tornar o furto de identidade cada vez mais sofisticado, informa um estudo realizado pela PriceWaterhouse Coopers.
“Vivemos uma época de riscos e isso se deve ao fato de muitos funcionários terem bons conhecimentos de tecnologia, mas ignorarem a importância da proteção de dados”, informa o relatório da Price. “Em 2020, isso mudará. Terá chegado a hora em que as empresas blindarão o contingente de dados de maneira robusta”, completa.

5. Administrar redes

Administração de redes e gestão da transmissão dos dados serão os cargos mais buscados para o departamento de TI em 2020. Mas, à medida que as organizações buscarem alternativas para reduzir os custos fixos com a folha de pagamento, elas vão contratar esses serviços de consultorias externas.
“A TI já estará operando em um ambiente extremamente enxuto no que se refere à mão de obra, tudo que restará será aumentar a produtividade”, diz Snyder, que acrescenta: “Os departamentos vão precisar que alguém venha até eles para explicar como usar as tecnologias.”
 
 
Acessado em http://computerworld.uol.com.br/carreira/2010/08/24/competencias-essenciais-para-trabalhar-em-ti-no-ano-de-2020-1/

domingo, 12 de setembro de 2010

Será que o HTML 5 e a Apple vão acabar com o Flash?

A tecnologia Flash é usada em grande parte dos sites atuais. Segundo a Adobe, ele está em 75% dos vídeos na internet, 70% dos jogos online e em quase todos os 100 maiores sites da rede. Até agora nada parecia conseguir abalar essa enorme supremacia, mas as coisas mudaram e o futuro desta tecnologia está cada vez mais nebuloso com duas ameaças reais.
Começou com a Apple, fabricante dos dispositivos portáteis mais usados no mundo, e continuou com o HTML 5, novo padrão de páginas de internet que está sendo implantado neste exato momento, com previsão de término em 2012.

Será que o HTML 5 e a Apple vão acabar com o Flash?

O guru e presidente da Apple, Steve Jobs, nunca escondeu seu desprezo pelo Flash. Milhões de desenvolvedores ficaram surpresos souberam que nem o iPhone nem o iPad ofereceriam suporte para o Flash. A explicação de Jobs, em uma polêmica carta divulgada em abril de 2010, é que a plataforma da Adobe funciona bem em desktops e notebooks, mas não em smartphones e tablets, que se trata de uma solução ao mesmo tempo fechada e proprietária, que traz problemas de segurança, prejudica a performance dos aparelhos, consome muita bateria, não funciona direito com telas sensíveis ao toque e restringe inovações em aplicativos.
Existe muita expectativa sobre a adoção do Flash no iPad, no iPhone e no iPod Touch, dispositivos responsáveis por boa parte do acesso móvel à internet. A Apple, contudo, acabou de vez com qualquer esperança. Segundo a empresa, o Flash tornou-se dispensável, ainda mais pela chegada do HTML 5 em combinação com as folhas de estilo CSS 3, SVG e JavaScript, que permitem desenvolver muitas das coisas que apenas o Flash era capaz de fazer e, para Jobs, sem vários dos problemas causados pelo Flash.

HTML 5 no caminho do Flash?

A nova linguagem HTML 5 trará novos comandos que farão praticamente tudo o que flash faz, só que de maneira nativa e sem necessidade de instalar plugins no browser. Os principais obstáculos do Flash, portanto, são as tags canvas, video e audio do HTML 5.
A tag canvas primeira permite criar animações a partir do código HTML. Com isso, ficará mais fácil desenvolver sites repletos de recursos gráficos, com a vantagem de que poderão carregar mais rapidamente. As tags video e audio permitem que os navegadores rodem vídeos online ou reproduzam músicas sem recorrer a plug-ins, o que também tornará o processo mais rápido e seguro.
O que está salvando o Flash é que ainda existem obstáculos para a adoção plena do HTML 5. O primeiro problema é que o HTML 5 ainda não está pronto e vai demorar pelo menos 2 anos até entrar plena e oficialmente em vigência segundo os padrões da W3C, organização que determina e regulamenta os padrões a serem seguidos na internet.
Embora ainda leve tempo até o anúncio oficial do lançamento do HTML 5 pela W3C, as tags video, audio e canvas já podem ser usadas. O problema é que, sem a padronização a ser feita pela W3C, o HTML 5 ainda não é suportado totalmente por nenhum navegador. As versões em desenvolvimento do Chrome (6.0) e do Firefox (4.0), o Safari 5.0 e o Opera 10.60 têm o grau mais alto de compatibilidade com os novos padrões, mas ainda não atingem 100%. O browser mais usado, o Internet Explorer, é o que tem a menor compatibilidade com o HTML 5 e isso só deve mudar na versão 9.0.
Um dos problemas para os desenvolvedores dos navegadores é que não existe acordo sobre os codecs de vídeo e áudio que devem ser adotados. Os padrões abertos Ogg Theora/Ogg Vorbis e o WebM — que inclui os codecs VP8 e Ogg Vorbis e é apoiado por Google, Mozilla e Opera, entre outros — competem com os proprietários H.264/AAC, defendidos pela Apple. Enquanto não houver consenso, um site que queira adotar as tags terá de trazer vídeo e áudio codificados em cada um dos formatos concorrentes.Com seu enorme peso a Microsoft poderia pôr fim à disputa mas, recentemente, “deu a entender” que o Internet Explorer 9 suportará tanto o VP8 como o H.264. Sem uma definição, a plataforma Flash da Adobe ainda continuará por um tempo como o único padrão universal de animação.

Usar ou não usar o Flash nos novos sites?

Nesse período de transição será difícil abandonar o Flash mas, ainda que essa mudança demore, trata-se de um processo inevitável. Em algum momento todos as tecnologias usadas nos browsers devem convergir, já existem sites em HTML 5 que fazem coisas que o Flash não consegue, e a adoção ainda não é completa porque não existe garantia de compatibilidade com todos os navegadores, o que pode atrasara a adoção do HTML 5 em sites críticos como os dos bancos e das redes sociais.
Devido à enorme presença do Flash na web, é difícil alguém achar que esta tecnologia esteja sob um grande ataque, mesmo que seja indireto como o do HTML 5 ou direto com o da Apple. Segundo a Adobe, o Flash tem mais de 3 milhões de desenvolvedores ao redor do mundo, não é uma comunidade que vá desaparecer de uma hora para a outra. Entre os motivos da popularidade do Flash, estão as inovações que a plataforma trouxe. Quando a web era apenas formada por texto e imagens estáticas, o Flash trouxe as animações, depois acrescentou os vídeos e a evolução continua, com a chegada do suporte a gráficos 3D e outras novidades que estão a caminho. Mesmo na área de dispositivos móveis, onde o Flash foi abandonado pela Apple, é preciso admitir que o Flash roda muito bem nos competidores do iPhone, que rodam com base na plataforma Android da Google. Vários fabricantes de smartphones como RIM, Nokia e Sony Ericsson estão criando aparelhos que suportam Flash e as análises dos comentaristas internacionais têm sido positivas.

Em suma...

Assim, brigas de grandes corporações à parte, no final das contas quem vai mesmo decidir os rumos do Flash serão as pessoas que usam a internet e as que desenvolvem sites. Cabe a nós, consumidores, desenvolvedores e navegadores da internet, ficar atentos aos acontecimentos para não comprar ou manter equipamentos ultrapassados, que possam ficar obsoletos em pouquíssimo tempo, uma vez que as coisas estão mudando muito rapidamente.


Fonte: Revista PNP em 12/09/2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

INICIAR

Pleno feriadão da Pátria, e aqui estou eu, criando meu blog.
Aquípretendo usar como ferramenta de dispersão doconhecimento técnico para todos aqueles que se interesarem pela TI (Tecnologia da Informação).